Festival do Rio - Boy

10/0utubro/2009

Boy
(Filipinas, 2008) De Auraeus Solito. Com Aeious Asin, Madeleine Nicolas e Aries Pena.

Eu disse que faria e fiz. Esse ano assisti a um filme da Mostra Gay do Festival do Rio. A escolha foi para ver o filme mais pesdado, por assim dizer, da mostra. Ao mesmo tempo, "Boy" é tão gay quanto belo e inspirador. Na verdade, podia muito bem ser um filme que trata de inspirações adolescentes, sem nenhum tipo de rótulo. Claro que as cenas de amor entre os protagonistas ajudam nesse sentido, mas ninguém diz que "O Segredo de Brokeback Mountain" é um filme gay.
A história do filme é simples. Boy, típico adolescente, obcecado por aquários, vai pela primeira vez a uma boate gay assim que completa 18 anos. Ele vem de uma família onde é filho único e basicamente criado pela mãe, que é, na verdade, a amante do pai, que tem outra família. Ele se encanta com a apresentação de Áries, dançarino da boate. Por isso, resolve vender suas coleção de quadrinhos e algumas outras coisas suas para comprar uma noite com Áries. O que era par ser uma pura noite de sexo se transforma num momento de descobertas para ambos - e para a mãe de Boy.

Vindo das Filipinas, o filme merece destaque só por conseguir atravessar o Atlântico e chegar no Rio de Janeiro. Só que, no afã de querer ser libertário e gay demais, a qualidade da hitória cai muito. Tudo acontece muito rápido e superficialmente, não dá tempo do espectador se afeiçoar a pessoas, lugares e situações. Uma overdose de informações não explicadas que temos que identificar sozinhos. Tem até espaço para o debate político sobre o governo de Marcos nas Filipinas!

Ao mesmo tempo, "Boy" revela uma face do mundo gay, do amor instantâneo, da confusão na mente adolescente, que é um ótimo precurssor para abrir discussões. Se é bom por esse lado, é ruim pela falta de profundidade no assunto. Fica aqulela sensação de "tudo por isso mesmo". Não vamos ressaltar qualidades técnicas, porque, afinal de contas, o filme vem das Filipinas. Mas roteiro e direção são abstratas e saem da cabeça.
Nota: 6,5

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