"O Màgico de Oz" (1939)
Título Original: The Wizard of Oz
Direção: Victor Fleming
Roteiro: Noel Langley, Florence Ryerson e Edgar allan Woolf, baseado em livro de L. Frank Baum
Produção: Mervyn LeRoy
Música: Harold Arlen
Custo: US$ 2,7 milhões
Arrecadação: US$ 3 milhões, nas primeiras exibições.
-Ganhou 2 Oscars, nas seguintes categorias: Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Over the Rainbow"). Foi ainda indicado em outras 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Fotografia - Colorida.
- A MGM pagou a L. Frank Baum a quantia de US$ 75 mil pelos direitos de adaptação cinematográfica de seu livro, uma quantia recorde na época.
- O Mágico de Oz teve 4 diretores. Richard Thorpe iniciou as filmagens e rodou por várias semanas até ser demitido pelos produtores, que consideraram seu trabalho insatisfatório. Nenhuma das cenas rodadas por Thorpe foi incluída na versão final do filme. Ainda em busca de um diretor substituto, os produtores contrataram George Cukor como diretor temporário. Victor Fleming assumiu a direção logo em seguida, mas teve que abandoná-la após ser contratado para dirigir ...E o Vento Levou. Após a saída de Fleming, King Vidor foi contratado para rodar as sequências restantes. Vidor basicamente apenas rodou as cenas em preto e branco, situadas em Kansas.
-Assim como aconteceu com "...E O Vento Levou", Victor Fleming foi o único diretor a levar o crédito por toda a filmagem, mesmo que tenham havido vários diretores.
- Frank Morgan chegou a fazer um teste com uma maquiagem que deixava o Mágico de Oz parecido com o do livro de L. Frank Baum, mas esta foi descartada. Ocorreram mais 5 testes até se chegar à caracterização final do personagem.
-O papel de Dorothy foi dado a Judy Garland no dia 24 de fevereiro de 1938. Depois de escalada, alguns executivos da MGM cogitaram trocá-la por Shirley Temple, mas não conseguiram a liberação da jovem atriz pela Fox. Então, outros executivos da MGM vetaram a idéia.
-Judy Garland tinha 16 anos quando filmou "O Mágico de Oz", sendo que Dorothy é uma criança, bem mais nova que a atriz.
- Inicialmente seria a atriz Gale Sondergaard quem interpretaria a Bruxa Má do Oeste, fazendo uma personagem glamourosa e sedutora como a bruxa má de Branca de Neve e os 7 Anões (1937). Posteriormente os produtores decidiram que a Bruxa Má do Oeste, assim como a grande maioria das bruxas, teria que ser também feia. Foi quando a atriz desistiu da personagem, por não concordar em aparecer feia no filme.
- Os produtores chegaram a cogitar a possibilidade de usar um leão de verdade no filme, com sua voz sendo dublada por um ator contratado.
-Quando George Cukor assumiu a direção, ele trocou o figurino de Dorothy e da Bruxa Má do Oeste, mesmo com algumas cenas já gravadas.
-A roupa do Homem de Lata era feita de alumínio tóxico. O ator Buddy Ebsen desistiu do papel por esse motivo. Foi quando Jack Haley assumiu o posto, sem saber que a roupa era tóxica e alérgica.
- A cada um dos munchkins que aparecem no filme foi pago US$ 50 por semana, enquanto que ao dono do cachorro Totó foi pago US$ 125 por semana.
- Várias das vozes dos munchkins foram dubladas por cantores profissionais, já que muitos de seus intérpretes não sabiam cantar ou até mesmo não falavam inglês corretamente.
-- A maquiagem usada por Bert Lahr para compôr o Leão o impossibilitava de comer objetos sólidos, sob o risco dela ser desfeita. Isto fez com que o ator apenas se alimentasse de sopas e milk-shakes durante boa parte das filmagens.
- A atriz Margaret Hamilton, intérprete da Bruxa Má do Oeste, teve que ficar afastada dos sets de filmagens por mais de um mês, após ter se queimado seriamente ao rodar a cena do desaparecimento de sua personagem da terra dos munchkins.
- A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor aconteceu após uma das paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a cor amarela seria a melhor a ser usada em um filme feito com Technicolor.
- A Bruxa Má do Oeste de O Mágico de Oz tem dois olhos, enquanto que no livro tem apenas um.
-- Uma outra versão de "Over the Rainbow" chegou a ser gravada por Judy Garland, quando sua personagem estava encarcerada no castelo da Bruxa Má do Oeste. Durante sua realização a atriz começou a chorar espontaneamente, devido à tristeza da cena. Esta sequência terminou ficando de fora da edição final de O Mágico de Oz.
- O filme foi um dos primeiros a explorar todo o potencial do Technicolor, deixando as cenas do Kansas em um tom de sépia e abusando do colorido no mundo mágico de Oz.
-As frases "Toto, acho que não estamos mais no Kansas", "Não há lugar como o lar" e "Eu a pegarei, minha querida, e seu cachorrinho também" estão entre as 100 mais importantes do cinema.
- Reza a lenda (mais do que comprovada por maníacos) de que o álbum clássico do Pink Floyd, "Dark Side of the Moon", é todo sincronizado com cada cena, cada trecho do filme, como se as músicas da banda fossem narrando a história. O Pink Floyd diz que é tudo pura coincidência.
-O filme é o 3° melhor musical de todos os tempos e o 6° melhor filme de todos os tempos, segundo a respeitada lista do American Film Institute (AFI).
- A canção "Over the Rainbow" foi eleita pelo AFI como a melhor canção de cinema da história e a mais icônica. Já foi interpretada por diversos cantores, mas é a versão do havaiano Israel Kamakawiwo'ole a mais famosa. Essa versão aparece no final do filme "Como Se Fosse a Primeira Vez".